O que havia acontecido poderia parecer banal para quem visse de fora, mas dentro daquela casa o feito era quase milagroso.
Théo, o menino que raramente falava e pouco expressava emoções, passara o dia inteiro fora — e obedecendo cada palavra de Amara. Nenhum médico, terapeuta ou professor havia conseguido isso antes.
Durante anos, todos acreditaram que Théo havia atingido o limite do que conseguiria ser. Mas naquela manhã, com dois simples beijos, ele mostrou ao mundo — e à própria família — que ainda havia esperança.
Talvez um dia ele voltasse a rir com liberdade.
Talvez voltasse a falar.
E, quem sabe, voltasse a amar.
A chave para tudo isso parecia ser justamente Amara, a mulher que todos haviam temido no início.
O velho Riddel observava o neto em silêncio, o coração apertado. Trocaria toda a sua fortuna por mais um beijo como aquele.
Mas, como homem de negócios, ele sabia que nada vinha de graça — e pretendia entender o que realmente movia aquela jovem.
Enquanto Madalena contin