O ambiente na mansão Riddel havia mudado. Depois do gesto inesperado de Théo, os ânimos se acalmaram e, por um breve instante, até o velho patriarca parecia mais humano. Amara, antes vista como uma intrusa, agora era convidada — bem-vinda, ao menos por fora.
Mas até quando?
— Irmão! — Pietro exclamou, ainda sem acreditar no que vira. — Seja sincero comigo... foi você quem ensinou aquele truque ao Théo, não foi? Planejou tudo desde o começo e ficou quieto, esperando o momento certo? Nossa! Se era armação, podia ter me avisado! Eu quase morri de medo antes!
Pitter ergueu os olhos com calma, a expressão neutra de sempre.
— O seu rosto teria entregado tudo. Se o pai desconfiasse que o Théo foi instruído, a opinião dele sobre Amara ficaria ainda pior.
— Uhh... meu rosto é tão expressivo assim? — Pietro perguntou, chocado.
Não havia argumento que o salvasse. O irmão tinha razão.
Mesmo assim, assim que a tensão passou, Pietro recuperou o bom humor e riu alto:
— Você viu a cara deles, mano