Quando Amara estava prestes a sair, Madalena Kléo percebeu que o velho patriarca permanecia imóvel. O olhar dele era frio, distante — um silêncio que dizia mais do que qualquer palavra.
Pitter se levantou devagar e caminhou até Théo. Pegou o menino no colo, como quem carrega algo precioso, e o levou até Amara.
— Vá acompanhar a tia Amara até a saída.
Théo assentiu em silêncio e segurou firme a mão dela.
Amara lançou um olhar de gratidão a Pitter. Havia doçura e desconforto naquele olhar — uma mistura perigosa para quem tentava resistir. O coque de seus cabelos começava a se desfazer, revelando uma mecha solta que balançava a cada passo.
O velho ancião fez menção de se levantar, mas Madalena Kléo o conteve com um gesto suave.
— Deixe-os ir… — murmurou ela, com voz branda. — Ele só está se despedindo dela.
Ele não gostou, mas cedeu. Mesmo contrariado, permaneceu sentado, observando à distância.
Amara e Théo seguiram pelo caminho de seixos verdes que levava ao portão do pátio. O trajet