A casa dos pais de Pitter Riddel erguia-se no coração da colina, rodeada por um terreno vasto e imponente. Do portão até a residência principal, era preciso percorrer longos vinte minutos de caminhada.
De cada lado da estrada, árvores antigas e imponentes formavam uma moldura verde, como se guardassem aquele caminho especial.
Diziam que ali existia o chamado recipiente do dragão, tornando a propriedade o ponto de maior valor espiritual da cidade. Para muitos, era apenas lenda.
Para Amara, estar naquele lugar com Théo parecia uma dádiva — como se cada pedaço daquela atmosfera tivesse sido preparado para ela.
Do banco do carro, Amara avistou os anciãos já na entrada da casa.
Os dois estavam parados, cheios de expectativa. Eram avós, e os avós sempre carregam nos olhos a ansiedade pelo reencontro com o neto amado.
Ela sorriu suavemente e acariciou a cabeça de Théo, aconchegado em seus braços.
— Vá, meu querido… — murmurou com ternura. — E não se esqueça do que te disse. Boa sorte!
Os olho