— Ok, vamos lá. — Pitter assentiu e ligou o carro, sem deixar espaço para discussão.
Amara, por um instante, acreditou que faria tudo sozinha, mas o fato de ele a acompanhar a deixou em alerta.
— Não precisa… eu vou sozinha. Tenho muitas coisas para carregar. Vou chamar uma empresa de mudanças para trazer um caminhão. — tentou, nervosa.
— Não se preocupe, cabe tudo. — respondeu com a serenidade que a desarmava.
Ela lançou um olhar rápido para o carro espaçoso, ainda assim duvidando que fosse suficiente. Será que ele tinha algum truque guardado?
O olhar calmo e firme de Pitter, no entanto, a fez engolir o protesto. Insistir seria descortês. Sem saída, deixou que ele a levasse.
No fundo, pensava consigo mesma: esqueça… mudar de casa com ele não tem nenhuma implicação romântica. Só é mais seguro.
Quando a porta do apartamento se abriu, uma camada espessa de poeira os recebeu. O vento, em algum momento, havia empurrado a janela, enchendo o chão de folhas secas. O espaço parecia engolido pe