Eu sabia que não seria simples acabar com aquilo.
Sabia que expor um homem como Carlos Ricci, no meio de uma multidão vestida de hipocrisia e champanhe, viraria o evento do ano.
Mas também sabia que se eu hesitasse, se eu deixasse o pavor dele encontrar espaço para uma palavra, uma desculpa, um sorriso ensaiado…
Ele escaparia.
Então, quando aquelas imagens começaram a se projetar no telão, eu não respirei.
Só observei.
Vi Carlos com outras mulheres. Stripers. Enfermeiras. Mulheres sorrindo pra câmera, bêbadas, encostadas nele como se fossem conquistas de um troféu.
Vi ele entrando em quartos de hotel, sussurrando coisas nojentas em áudios gravados, se vangloriando por “estar noivo de uma Louis” como se isso fosse o passe de entrada pro paraíso social.
Eu vi.
Mas o que me atingiu mesmo…
Foi ver Amanda assistindo tudo.
Ela não dizia nada.
Não chorava.
Não gritava.
Ela só olhava.
Como se estivesse vendo a alma dela sendo arrancada pelas imagens.
**
Carlos se moveu do meu lado.
Deu um pas