Na manhã seguinte, o pátio parecia um quadro novo. Um grupo de voluntários descarregava pequenas gaiolas de madeira, e dentro delas, dezenas de galinhas brancas ciscavam, alheias à curiosidade que causavam.
— Eu juro que não estou sonhando? — disse June, ao meu lado, apertando os olhos como se aquilo fosse miragem.
— Também tô na dúvida — falei.
Deborah apareceu, rindo com as mãos nos quadris.
— Antes que alguém pergunte: sim, foi doação — explicou. — Um fazendeiro de Willow Creek. Ele disse que, se íamos ter horta e frutas, precisávamos ter ovos frescos também.
— E barulho — comentou Callum, aproximando-se com o ar divertido. — Muuuuito barulho.
Nesse instante, uma das galinhas cacarejou tão alto que Gracie, que assistia tudo abraçada à boneca, arregalou os olhos.
— É de verdade mesmo — murmurou, quase num sussurro.
— É — respondi, rindo. — E parece que vieram pra ficar.
Enquanto alguns ajudavam a montar um cercado improvisado, outros foram até a horta. Os pés de tomate carregavam fr