No dia seguinte, o café da manhã ainda nem tinha sido servido quando Deborah apareceu na porta do alojamento, batendo de leve no batente. Eu e June nos sentamos ao mesmo tempo, meio zonzas de sono, como se soubéssemos que algo estava pra acontecer.
— Tem um pedido de urgência — disse ela, segurando uma prancheta que parecia mais pesada que o habitual. — Chegou notícia de uma vila perto de Calver Creek. Eles não receberam quase nada de ajuda desde o início.
— Calver Creek? — repetiu June, esfregando os olhos. — Isso dá o quê… umas duas horas daqui?
— Um pouco menos, se a estrada estiver boa — respondeu Deborah. — Mas ninguém sabe ao certo como tá o caminho. A maioria das rotas ficou alagada por semanas.
Fiquei em silêncio, tentando lembrar se já ouvira falar naquele lugar. Lembrava vagamente de ter passado pelo entroncamento que levava até lá, uma estrada estreita com placas gastas que sempre me pareceu invisível.
— Precisam de tudo — continuou Deborah. — Comida, água, cobertores, mate