9. não devia ter acontecido
O silêncio era quase sufocante naquela manhã de domingo. Willian se despiu da camisa branca ainda amarrotada pela noite mal dormida, deixando-se afundar no sofá da sala. As lembranças da noite passada invadiam sua mente como uma tempestade que não dava trégua. O gosto da pele de Angélica, os gemidos sussurrados ao pé do ouvido, os olhos verdes dela cravados nos seus... Tudo o perseguia de maneira insana. Mas, ao mesmo tempo, uma sombra chamada Diana pairava sobre ele como um lembrete cruel de quem ele deveria ser.
— Willian, precisamos conversar — a voz de Diana quebrou seus pensamentos como um raio cortando o céu nublado.
Ele respirou fundo. Sabia que esse momento chegaria mais cedo ou mais tarde.
— Estou ouvindo, Diana — respondeu, tentando manter a calma no tom de voz.
Ela caminhou até ele com passos decididos, jogando sobre a mesa uma revista de noivas aberta na página onde marcara a data perfeita para o casamento deles.
— Chega de adiarmos, Willian. Eu quero que marquemos a