Lorenzo fechou a porta da sala de reuniões com um gesto contido. Seus passos ecoaram pelo corredor silencioso do edifício, enquanto o peso do encontro ainda se acomodava em seus ombros como um casaco molhado.
Estava diferente.
Isadora.
O nome ecoava na cabeça dele como uma prece e uma maldição. Não era só a mulher à frente da empresa, segura, polida, fria — era ela. A mesma que ele conhecera de forma inesperada, discreta, quase acidental. Mas agora havia espinhos naquele olhar. Ela estava em guarda.
E ao lado dela, Catarina Mendes.
Lorenzo não era tolo. Sabia quem era aquela mulher antes mesmo de ser apresentado. Sua influência no setor era tão sólida quanto uma assinatura em pedra. Catarina não precisava se impor — sua presença por si só já ditava respeito. E naquele encontro, mesmo sem dizer muito, ela deixou claro que estava ali para proteger Isadora.
Ele respeitava isso.
Ao entrar no carro, Lorenzo soltou um longo suspiro e afrouxou a gravata. A cidade seguia em movimento l