A porta da sala de reuniões havia se fechado há poucos minutos, mas o impacto da presença de Lorenzo Alcântara ainda pairava como uma sombra densa sobre Isadora. O corredor parecia mais longo do que antes. A cada passo, o salto firme de Catarina ecoava como um lembrete de que a conversa que viria em seguida não seria nada fácil.
Ao chegarem à sala presidencial, Isadora se jogou na poltrona giratória com um suspiro arrastado. Catarina, por sua vez, permaneceu em pé por alguns segundos, observando a sobrinha com olhos atentos, antes de se sentar com calma no sofá de couro ao lado da mesa.
— Quer começar você ou eu? — disse Catarina, cruzando as pernas com elegância.
— Tia... — a voz de Isadora falhou. Seus dedos tamborilavam o tampo da mesa. — Eu estou surtando.
Catarina ergueu as sobrancelhas, paciente.
— Imaginei. E não é só por causa da proposta, certo?
A pergunta foi como um estalo. Isadora fechou os olhos, tentando manter a compostura, mas a tensão escapava por cada gesto seu. Por