Isadora voltou para sua sala com passos calculados. Não queria que ninguém percebesse o descompasso do coração ou a nuvem cinza que agora pairava sobre sua cabeça. Sentou-se à frente do computador, respirou fundo e se obrigou a mergulhar nos contratos da GreenLine. Palavras, cláusulas, prazos... Tudo diante dela, mas nada fazia sentido.
Lorenzo tinha sido frio. Profissional demais. Como se o fim de semana tivesse sido uma fantasia, uma miragem no deserto da vida real. Ele sequer a olhou como homem. Ele a tratou como... subordinada.
Mas por quê? Seria vergonha? Arrependimento? Ou ele estava simplesmente tentando proteger ambos do furacão que poderia se formar, caso cruzassem a linha entre chefe e funcionária?
Ela fechou os olhos por um instante e lembrou do momento em que ele a segurou pela cintura, no corredor da casa dele, murmurando ao pé do seu ouvido que não conseguia resistir. Lembrou das mãos dele em sua nuca, do modo como seus corpos se encaixaram com naturalidade e fome. Aquil