A chuva caía fina sobre os telhados de Londres, como um sussurro triste de que o tempo também adoecia com ela. Alicia passou os últimos três dias quase em completo estado febril. O corpo debilitado já não respondia, o enjoo matinal era apenas o início de ondas de náusea que vinham e voltavam durante todo o dia.
O celular permanecia desligado, esquecido em cima da cômoda. Nem mesmo Lorena havia conseguido arrancar dela uma palavra desde a visita.
Alicia estava exausta. Não apenas fisicamente.
Havia algo em seu peito que doía como se estivesse sendo esmagado — um cansaço emocional, como se sua alma estivesse apodrecendo em silêncio.
Ela não queria ver ninguém.
Não queria que Victor a visse naquele estado.
Não queria que Renzo insistisse com mensagens.
Não queria encarar o que estava se tornando.
Mesmo deitada, com os olhos fechados, sua mente não parava de martelar perguntas:
Estaria grávida?
E se estivesse... o que Victor diria?
E se ele... não a quisesse mais?
Seu instinto lhe dizia q