O barulho seco da porta batendo fez Marco me olhar de soslaio.
Eu já estava de pé antes mesmo que ele falasse.
— Luca… — ele começou, com aquela voz de aviso que ele só usava quando as coisas estavam prestes a sair do controle.
— Fala logo — rosnei, pegando meu paletó e indo em direção ao hall da mansão.
— É sobre a Sara. — As palavras saíram devagar. — Ela foi atacada esta noite. Enzo tá com ela no hospital central. Tá estável. Mas... foi grave.
Parei.
Só por um segundo.
Como se meu corpo precisasse de tempo pra processar o que meus ouvidos acabavam de ouvir.
Sara. Atacada.
A respiração saiu baixa e funda. Controlei o instinto que me pedia para quebrar a mesa, derrubar paredes, rasgar alguém com as mãos. A fúria que crescia no peito tinha dentes. Mas ainda estava presa pela coleira da lógica.
Ainda.
— Quem?
Marco hesitou.
— Ela só conseguiu dizer uma palavra. Bratva.
Fechei os olhos. O mundo girou uma fração.
A máfia russa.
Os mesmos filhos da puta que vinham se intr