O celular vibrou no bolso da minha calça com uma urgência estranha.
Era tarde.
Eu estava saindo da sala de vigilância na mansão de Luca, depois de revisar pela milésima vez o circuito de segurança atualizado por Rafael. Nada de anormal. Mas aquele instinto — aquele que nunca falhava — já vinha roncando baixinho dentro do meu peito desde o início da noite.
Peguei o aparelho.
Chamada perdida. Sara.
O mundo parou por um segundo.
Ela nunca me ligava. Não assim. E a hora… algo estava errado.
— Merda. — Sussurrei, já discando de volta enquanto acelerava o passo pelo corredor em direção à garagem.
O sinal chamou duas vezes antes da linha cair direto na caixa postal. Tentei de novo. Nada. Um peso gelado se instalou no meu estômago. Algo mais que preocupação. Era um aviso.
Corri pelos degraus da escadaria, passei por Marco no hall sem dizer uma palavra. Ele abriu a boca pra perguntar algo, mas viu meu rosto e simplesmente não ousou.
Cheguei na garagem, respirei fundo e destravei um d