Aedan e Elena galopavam sob a luz pálida da lua, cortando os campos de Ehl’Aran como flechas vivas. Os ventos traziam presságios — gritos distantes, uivos que pareciam ecoar do próprio tempo. Mas nem o medo nem a dúvida mais encontravam espaço entre eles. Havia apenas uma direção, e o destino os aguardava ao final.
Quando chegaram à entrada da câmara subterrânea, o ar ali era diferente. Denso, vibrante, como se cada pedra conhecesse seus nomes. Os portões estavam cobertos por inscrições antigas, que brilhavam fracamente ao toque de Elena. Aedan observava em silêncio, sempre pronto, sempre alerta.
— Esta câmara foi construída para me receber — disse Elena, como se estivesse recordando um sonho. — Não como guerreira. Não como herdeira. Mas como chave.
— Você está dizendo que… faz parte do próprio selo?
Ela assentiu, a mão repousando sobre o símbolo no centro da porta.
— Meu sangue, minha linhagem. Sempre me senti deslocada, como se houvesse algo além do que me contaram. Agora entendo: e