A trilha estreita serpenteava entre rochedos cobertos de musgo, árvores antigas e sombras densas que pareciam sussurrar segredos aos viajantes. As Montanhas Negras se erguiam à frente como muralhas vivas, seus picos engolidos por nuvens escuras e o ar impregnado de uma tensão quase elétrica. Cada passo de Aedan, Elena, Kaela e Malrik soava abafado, como se a própria terra estivesse prestando atenção em seus movimentos.
— Estamos sendo observados — disse Malrik, baixo, os olhos atentos varrendo a mata.
— Desde o nascer do sol — respondeu Kaela, sem tirar a mão do cabo da adaga presa ao cinto. — Não são humanos.
— Nem completamente lobisomens — murmurou Aedan. — Há algo... corrompido. Sentem isso?
Elena, montada ao lado dele, apertou os dedos contra o colar com o pingente de pedra lunar. — Como se as árvores tivessem olhos. E a floresta, fôlego.
Apesar da tensão, seguiram em frente. Tinham deixado para trás os últimos vilarejos conhecidos há dois dias, e agora adentravam o coração da re