A trilha que levava até o coração das Montanhas Negras era menos um caminho e mais um testamento da passagem do tempo. Galhos secos estalavam sob os pés dos quatro viajantes, enquanto vultos corriam nas periferias da visão — sombras que desapareciam quando encaradas diretamente. Elena, Aedan, Kaela e Malrik seguiam em silêncio, os sentidos atentos a cada ruído, cada sopro de vento que parecesse deslocado.
A caverna onde haviam passado a noite ficava para trás como um último ponto de refúgio. À frente, os picos das montanhas se erguiam mais íngremes, como dentes de uma criatura adormecida. A presença da Despertada se tornava mais forte a cada passo, uma vibração estranha que reverberava no solo e dentro deles.
— Estamos perto — disse Aedan, sentindo o instinto primal pulsar sob a pele. — A magia é mais densa aqui. Antiga. E... sagrada?
Kaela assentiu, o olhar firme. — Este era um território de equilíbrio, antes de tudo ser rompido.
Malrik, caminhando à frente, ergueu a mão. — Vejam.
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