O céu se tingia de um cinza profundo quando Aedan e seu grupo retornaram ao Bosque das Almas. Desta vez, o ar parecia ainda mais espesso, como se a floresta sentisse a presença da verdade revelada. O sangue de Vharak corria nas veias de Aedan, e o bosque sabia disso. As árvores sussurravam em línguas esquecidas, e a terra vibrava sob seus pés. Cada passo era uma nota de uma melodia antiga, composta de coragem, traição e destino.
— Ele está mais denso — murmurou Elena, olhando em volta. — Como se estivéssemos sendo observados.
— Estamos — respondeu Kaela, com os olhos dourados atentos. — Este lugar é vivo. Ele nos vê, nos escuta... e agora testa Aedan.
Malrik, o guardião misterioso, caminhava à frente, os sentidos aguçados. Desde a revelação da linhagem perdida de Aedan, ele se tornara um guia silencioso, movido por uma lealdade à memória da mãe do jovem — e talvez por um sentimento de culpa não dito.
Quando chegaram à clareira do espelho de água, o cenário estava diferente. A lagoa ag