A noite caiu rapidamente, como se o próprio céu tivesse pressa de esconder o que acontecia sob sua luz. O grupo descansava em um abrigo improvisado nas ruínas de um antigo templo druídico, coberto de musgo e gravuras esculpidas por mãos há muito esquecidas. A pedra fria dava uma falsa sensação de segurança, mas nenhum deles realmente dormia. O Fragmento da Lua, agora preso ao peito de Aedan por uma corrente de prata encantada, pulsava com luz suave, como um segundo coração.
— Dois fragmentos — murmurou Elena, enquanto observava o brilho da pedra. — O terceiro está onde mesmo?
Malrik, sentado em silêncio até então, abriu os olhos. — Na Caverna de Osseran, nas profundezas do Vale Sombrio. Protegido pelo Julgamento do Sangue.
— O que isso significa? — perguntou Kaela, encostada contra a parede com os braços cruzados.
— Que não é uma prova de força — explicou ele. — É uma prova de origem. O Fragmento só se revelará ao verdadeiro herdeiro das três linhagens. E o julgamento... escolhe como