O nascer do sol tingia o céu de tons dourados e cor de sangue quando Aedan abriu os olhos. O silêncio da clareira era quase sagrado, interrompido apenas pelo som suave do vento entre as folhas e o eco distante de um rio correndo ao leste. Durante a noite, ele sonhara com o passado — não o seu, mas o de seus antepassados. Sonhou com pactos de sangue selados à luz da lua, com guerras antigas, e com a união de clãs que agora pareciam esquecidos na poeira do tempo.
Ao seu lado, Elena dormia envolta em seu manto, os cabelos castanhos emaranhados sobre o ombro. A tranquilidade de seu rosto contrastava com a tensão que crescia dentro de Aedan a cada dia que passava. A jornada estava longe de acabar, mas algo no ar dizia que estavam prestes a entrar numa nova etapa — mais perigosa e definitiva.
Ele se levantou sem fazer ruído, atravessou a clareira e se ajoelhou diante do pequeno altar improvisado onde guardava um fragmento da pedra lunar. Era o que restara do antigo Selo de Lyvgar, destruído