A brisa da manhã era estranhamente quente quando Aedan e seu grupo deixaram Valthor. O céu estava limpo, mas havia uma inquietação no ar — como se algo os observasse, à espreita, entre as sombras das árvores. O menino híbrido, que agora os acompanhava em silêncio, mantinha-se sempre perto de Aedan, como se reconhecesse nele uma proteção instintiva.
— Há algo errado — disse Kaela, observando as copas das árvores enquanto caminhavam. — Os ventos não carregam mais cheiro de floresta… só de sangue.
Lucas resmungou, ajeitando a espada nas costas.
— Já estava na hora de algo dar errado de novo. Estava começando a gostar dessa paz.
Aedan parou de repente. Seus olhos mudaram — passaram do verde acinzentado para um âmbar profundo. Sentia a presença. Não apenas uma ameaça… mas um eco antigo. Um chamado que vinha das eras esquecidas, da origem da própria maldição lupina.
— Estamos sendo observados — murmurou.
E, como se suas palavras tivessem chamado a atenção do próprio destino, o ataque começo