O vento assobiava entre os galhos secos da floresta, trazendo consigo o cheiro de terra molhada e fumaça antiga. Aedan caminhava ao lado de Elena pela trilha que levava até a clareira dos rituais. Não era apenas mais uma patrulha. Agora, cada passo carregava o peso da responsabilidade, e cada sombra parecia esconder um espião dos Filhos da Ruína.
Desde o encontro com Varian, as noites haviam ficado mais inquietas. Uivos estranhos ecoavam além dos limites da floresta, e os animais selvagens evitavam as trilhas conhecidas. Algo estava se movendo nas bordas da realidade, uma antiga presença despertando aos poucos.
— Eles estão nos cercando — disse Elena, parando subitamente. — Sinto isso no ar. Como se a floresta estivesse… vigiada.
Aedan assentiu, os sentidos aguçados. O vínculo com Lythar havia mudado sua percepção. Ele podia sentir as emoções presas nas raízes, os sussurros do vento carregando mensagens antigas. E havia medo. Medo e raiva.
— Estamos sendo testados — murmurou. — Antes