A lua cheia pairava alta no céu, lançando uma luz prateada sobre os galhos entrelaçados da floresta. A noite estava estranhamente silenciosa, como se a natureza segurasse a respiração. Aedan acordou com um arrepio percorrendo-lhe a espinha. Estava deitado na cabana do conselho, o peito ainda queimando com os resquícios das sessões espirituais com Kaela. Mas havia algo diferente naquele silêncio — algo que não pertencia à floresta.
Ele se levantou sem fazer barulho. Elena dormia próxima à lareira, a cabeça repousando sobre os braços. Não queria acordá-la. Vestiu o casaco de lobo e saiu, guiado apenas pelo instinto.
Seus passos o levaram até o velho limite norte da floresta — um lugar pouco visitado pela matilha. Ali, as árvores eram mais densas, antigas, e as raízes pareciam pulsar com memórias enterradas. Foi então que ele o viu: o estranho encapuzado.
A figura estava parada entre as sombras, encostada em uma árvore torta. Não se mexeu nem demonstrou surpresa ao ver Aedan. Seus olhos