O retorno ao mundo físico foi como emergir de águas profundas e geladas. Aedan abriu os olhos lentamente, sentindo o peso do próprio corpo como se estivesse sendo habitado por uma força maior do que ele mesmo. Ainda podia ouvir, no fundo da mente, o eco distante da risada de Lythar — como se a entidade houvesse deixado uma parte de si para trás, uma sombra persistente nas dobras de sua consciência.
Elena o envolveu nos braços assim que ele se sentou. Seu toque era firme, mas carregado de temor.
— Você está aqui — sussurrou ela. — Você voltou.
— Estou — respondeu Aedan, a voz rouca, o corpo tremendo de exaustão. — Mas ele também.
Kaela se ajoelhou à frente dos dois, os olhos fechados como se ainda estivesse sentindo os resquícios do ritual. Sua expressão era de profunda inquietação.
— O vínculo entre você e Lythar é mais profundo do que qualquer um de nós imaginava — disse ela. — Não é apenas uma possessão. É uma herança.
Aedan tentou se levantar, mas as pernas fraquejaram. Elena o seg