A sala de reuniões estava silenciosa.
Diferente das vezes anteriores, onde contratos frios e cláusulas impessoais ditavam o tom das conversas, agora havia um peso emocional que nenhum documento podia traduzir.
Valentina estava sentada à cabeceira da mesa. Não como a esposa contratual de Dante Marini. Mas como presidente interina da empresa, uma mulher que havia conquistado seu espaço por mérito — não por sobrenome.
Dante entrou minutos depois, os passos decididos, mas o olhar carregando algo novo: respeito.
— Está pronta? — ele perguntou, colocando uma pasta preta sobre a mesa.
Ela assentiu.
O advogado, agora recontratado por ela, entregou os papéis de encerramento do contrato matrimonial. Tudo dentro da legalidade. Tudo amparado nas brechas que Valentina encontrara e usara com maestria.
— Foi um belo jogo, não foi? — Dante comentou, com um sorriso quase melancólico.
Valentina não sorriu de volta.