Era madrugada novamente.
Valentina tentava dormir, mas a mente fervilhava. O documento, as ameaças veladas ao advogado, a mudança no comportamento de Dante… algo não fazia sentido. Tudo parecia conectado, mas ainda lhe faltava uma peça crucial.
No quarto ao lado, Dante encarava o teto. Uma taça de uísque intocada na mão. Ele perdera o apetite, o sono e, aos poucos, o controle sobre Valentina. Desde o acidente, desde a noite em que ela quase cedeu, tudo vinha mudando. Ela estava mais fria, mais determinada… e mais longe.
E aquilo o enlouquecia.
Na manhã seguinte, ele a surpreendeu.
— Arrume suas coisas. Vamos sair por uns dias.
Ela o encarou com desconfiança.
— Fugindo?
— Se eu estivesse fugindo, não teria reservado um chalé no interior da França com seu nome no cartão.
Ela arqueou uma sobrancelha.
— E o que espera com isso?
— Que você me enxergue sem o peso do contrato. Só is