Dante Marini encarava a tela do notebook, mas pela primeira vez na vida, os gráficos, os contratos e os relatórios pareciam... irrelevantes.
Havia algo maior ocupando sua mente. Algo que fazia o coração — aquele que ele jurava ser à prova de sentimentos — disparar de um jeito desconfortavelmente bom.
"Pedir Valentina em casamento."
Dizer era fácil. Fazer... bem, fazer era outra história.
Ele se levantou, cruzou o escritório moderno de linhas retas, foi até a janela e observou a cidade pulsando abaixo. Foi ali, com aquele skyline imponente, que ele percebeu: não poderia ser qualquer pedido.
Porque, da primeira vez, ela não teve nada disso.
Não teve flores. Nem surpresa. Nem promessa verdadeira.
Teve um contrato. Cláusulas. Frieza disfarçada de lógica.
E agora... não. Agora ela merecia tudo.
Dante passou a mão pelos cabelos, rindo sozinho. — “Merda... onde é que eu fui me meter?” — resmungou.
Puxou o celular. Abriu a galeria de fotos. Quase sem perceber, deslizou o dedo pelas imagens re