Dizem que o amor verdadeiro não nasce no caos, mas se prova na rotina. Foi exatamente isso que Dante e Valentina começaram a descobrir.
O apartamento secreto de Dante, antes silencioso e impessoal, agora carregava o perfume doce e amadeirado de Valentina, seus livros sobre a mesa de centro, seus saltos deixados distraidamente pela sala. As roupas dele misturavam-se às dela no cesto de lavanderia — e, curiosamente, ele achava isso... reconfortante.
Certa manhã, ela saiu do banheiro vestindo apenas a camisa branca dele, os cabelos ainda úmidos, com uma xícara de café na mão. Sentou-se à mesa e abriu o notebook para revisar relatórios.
Dante parou de fingir que estava concentrado no jornal.
— Você tem noção do que está fazendo comigo, andando assim pela casa?
Ela olhou por cima da tela com um sorriso preguiçoso. — O mesmo que você faz comigo quando aparece de toalha enrolada na cintura.
— Então estamos quites. — ele respondeu, caminhando até ela para roubar um beijo.
As semanas se passar