O restaurante tinha uma aura elegante, com iluminação âmbar e música suave ao fundo. Valentina sorria, tentando manter o equilíbrio entre o profissional e o pessoal diante de Mateo Ricci. O jantar fluía entre conversas de negócios e olhares que começavam a se alongar demais.
Até que o ambiente mudou.
O murmúrio contido dos garçons. Os olhares sutis se virando em uma única direção.
Dante Marini havia entrado.
Alto, impecável em um terno preto, olhar cortante e mandíbula tensa. Valentina gelou ao vê-lo atravessar o salão com passos precisos. Ele era uma tempestade prestes a detonar.
Mateo se virou, erguendo uma sobrancelha.
— Parece que fomos encontrados, — disse ele, com um sorriso tenso.
Dante não disse uma palavra para Ricci. Apenas olhou para Valentina e, com a voz baixa e firme, falou:
— Precisamos conversar. A sós.
Ela respirou fundo, pronta para negar, mas algo em seu tom — e na intensidade em seus olhos — a fez levantar. Ela seguiu Dante por um corredor lateral, onde a iluminação