No topo do edifício espelhado do Vian Group, Cecília observava a cidade através da vidraça enquanto girava lentamente uma taça de champanhe nas mãos. O sol da manhã ainda mal aquecia os prédios, mas o gelo nos olhos dela queimava com planos friamente calculados.
— Eles pensam que venceram, — ela disse, sem se virar. — Mas esqueceram quem ensinou Dante Marini a jogar.
Leonardo Vian entrou na sala como quem pertence à guerra desde o berço. Vestia um terno escuro, sem gravata, e o olhar de alguém que já havia matado sonhos com palavras afiadas.
— A queda das ações foi temporária. Nossos acionistas já receberam meu relatório de recuperação. A fusão ainda está de pé — e agora com mais apoio do que nunca. — ele informou.
— E quanto aos documentos que Valentina D’Ávila entregou?
— Vamos desacreditá-los. — Leonardo sorriu de canto. — Falsificação, vingança pessoal. Com o timing certo... tudo pode ser desviado.
Cecília se virou para ele com um brilho no olhar.
— Chegou a hora de manchar mais d