Amber chegou à mansão dos Willivam sem dizer uma palavra. Trazia a caixa de madeira firmemente contra o peito, como se ela pudesse escorrer pelos dedos caso afrouxasse o aperto. Benjamin, que a esperava no portão, notou sua expressão distante, olhos vermelhos e andar lento. Sem perguntar, apenas estendeu a mão para ela.
Ela segurou. Subiram em silêncio até o quarto dela. Era um lugar que Amber ainda estava aprendendo a chamar de "seu", mas que aos poucos se tornava um refúgio. Ao entrar, colocou a caixa sobre a cama e ficou ali, parada, observando-a como se estivesse prestes a abrir uma cápsula do tempo — o que, de certa forma, era exatamente aquilo. Benjamin se sentou ao lado, atento, mas respeitoso com o espaço dela. — É dela — Amber murmurou, como se ainda não acreditasse. — Da minha mãe. São cartas, fotos... tudo que restou dela. Benjamin se aproximou um pouco mais, deixando o joelho encostar no dela. — Quer que eu fique com