O clima entre os dois jovens não era dos melhores. Benjamin encostou as costas na parede do cinema, um pouco afastado dos outros, mas com os olhos vidrados em Amber.
— Alguém pode me lembrar por que ainda estamos aqui fora, se todo mundo já chegou? — Victor parecia uma criança hiperativa, incapaz de ficar parado ou calado por mais de dois minutos.
— Victor, pela terceira vez: tô esperando minha prima — Carla respondeu, impaciente. — Tu nasceu prematuro, foi?
— E não é que você acertou? — Ele deu de ombros com um sorrisinho debochado e foi até Amber, que estava quieta num canto. — Marrentinha, fala pra ela que a prima pode muito bem encontrar a gente lá dentro.
— Não me mete nas tuas tretas, Victor. E para de me chamar assim — ela retrucou, cruzando os braços.
— Ué, tu já se olhou no espelho? — Ele apontou pra ela. — Tu é a personificação da marra.
— Gente... acho que é ela — Carla interrompeu, apontando para um carro preto que acabara de estacionar do outro lado da rua. Uma jovem loira