— Quando você falou em carro, achei que era... sei lá, um carro de verdade. — Victor encarava a caminhonete com cara de quem duvidava da própria sanidade.
— Ei! Não fala assim da Jasmini, ela só é... um pouco temperamental. — Amber sorriu, abrindo a porta da velha caminhonete com um empurrão de leve. — Fiz uma revisão esses dias, tá praticamente uma máquina de guerra agora.
— Você tá dizendo que essa coisa ainda anda?
— Claro! Tá comigo há dois anos e nunca me deixou na mão. — Ela passou a mão com carinho no volante, orgulhosa.
— Marrentinha... eu juro que nunca vi tanta ferrugem junta na vida.
— Deixa de ser fresco, vai.
— Talvez depois. Por agora, minha resposta é não. Esse carro aí parece uma arma biológica. — Ele abriu a porta, fazendo uma careta. — Vem, sai da sua pequena Chernobyl e vamos naquela lanchonete ali. Depois eu ligo pro Everton vir buscar a gente.
— Só vou porque já tava pensando em passar lá mesmo. Mas pra deixar claro: vou voltar na minha caminhonete, com ou sem você