— Ela já ligou. O médico... — A cena à sua frente o fez congelar onde estava. — Acho que não precisa mais.
Victor deu um passo para trás ao ver Amber e Benjamin se beijando no corredor da mansão. O olhar dele escureceu. Ele saiu dali em silêncio, os passos firmes o levando até o saguão. Parou sem saber para onde ir. Sentia-se sufocado, mas não queria voltar para dentro. Ao avistar a porta, decidiu sair. Do lado de fora, procurou por Everton, mas o mordomo devia estar em algum canto da mansão. Victor não queria cruzar mais nenhuma porta. Preferiu o jardim.
Caminhou sem rumo por alguns minutos até finalmente se dar conta do que estava sentindo.
— Mas que merda eu tô fazendo?
Aquilo não era ele. Foi enviado para aquela cidade para "endireitar-se", mas todo mundo sabia a verdade: festas, bebida, mulheres... nunca dormira sozinho desde a primeira vez. Então por que agora parecia que alguém havia enfiado um punho em seu estômago?
A resposta era tão irritante quanto óbvia.
Amber.
Ela o fazia