A atmosfera dentro do carro era densa, sufocante. Nenhum dos três ousava romper o silêncio. Benjamin mantinha os olhos voltados para a janela, mas sua mente fervilhava com as lembranças do que acabara de acontecer. Amber, encolhida no banco de trás, brincava com os próprios dedos como uma criança perdida no caos dos próprios pensamentos. Victor, sentado no banco da frente, ainda processava o fato de ter levado um tapa. Um tapa. Ele, que sempre fora tratado como rei por todas as garotas. Mas não por ela.
Mesmo assim, não conseguia tirar os olhos dela. Quando a viu prestes a se jogar do penhasco, seu corpo egoísta reagiu antes da mente. E agora, mesmo ferido no orgulho, tudo o que ele conseguia fazer era olhar para o rosto dela – um rosto manchado por lágrimas.
Eram três jovens, três mundos em colisão, três silêncios diferentes. E permaneceram assim até o carro estacionar diante da mansão.
Assim que o motor se calou, os três praticamente saltaram do carro, ansiosos por distância uns dos