Arkhadia estava em silêncio, como se a própria terra prendesse a respiração diante da jornada que começaria naquele dia.
Clarice vestiu a túnica ritual com movimentos lentos, conscientes. A seda negra era marcada com símbolos antigos, costurados com fios prateados, e sobre seus ombros, Idran colocou um colar feito de fragmentos da Pedra da Lembrança. Um escudo simbólico entre o mundo dos vivos e o dos ecos.
Ela está calma demais…, murmurou Lyanna dentro dela. Isso não é natural.
Não é calma, Lyanna. É foco. Se eu me permitir sentir agora… não conseguirei dar o primeiro passo.
Do lado de fora do templo, Ares já a aguardava. Vestia a armadura de batalha, mas sem o brasão da matilha. Carregava somente a marca dos antigos guardiões de Arkhadia, gravada sobre o peito: dois lobos entrelaçados em espiral, formando um olho.
Kaelen, Nara e Idran estavam prontos também.
— A trilha está limpa — disse Kaelen, enquanto observava a floresta à frente. — Mas o silêncio… está errado. Os pássaros sumir