O silêncio após o ritual não era comum. Não era um descanso… era uma suspensão.
Clarice permanecia sentada no altar de pedra, os olhos abertos, mas fixos em um ponto além da matéria. A respiração era ritmada, os ombros imóveis. Ares não se afastava nem por um segundo, embora não ousasse tocá-la ainda. Havia algo no olhar dela que não pertencia inteiramente a esse plano.
Lyanna… você está aí?
Estou. Ainda somos nós. Mas algo… ecoa entre as camadas. Você não voltou sozinha.
O murmúrio interno da loba trouxe um arrepio sutil, e Clarice finalmente piscou. Seus olhos voltaram ao presente com um brilho fosco, como se a luz lá dentro tivesse sido mergulhada em sombra.
— Clarice… — murmurou Ares, a voz mais grave do que pretendia.
Ela virou o rosto em sua direção devagar.
— Estou aqui. Mas a ponte não foi só de ida. Trouxe de volta um fragmento. Um eco dela.
Idran se aproximou, os dedos ainda manchados com fuligem das runas que selaram o templo.
— Sentimos a oscilação na pedra. Você tocou a s