A cozinha estava vazia agora. Mas a presença dele — do Alfa — ainda enchia o ar. Como fumaça. Como uma maldição.
“Você é uma aberração."
" Inútil."
" Fraca."
As palavras dele ecoavam como tambores de guerra na minha mente. Ainda ajoelhada no chão, eu me abracei, tentando conter o tremor dos meus braços, tentando não soluçar alto. Mas o nó na garganta doía tanto quanto a rejeição.
Por que ele me odeia tanto?
Eu nunca pedi nada. Nunca exigi nada.
Sempre estive ali. Sempre obedeci. Sempre fui invisível. E mesmo assim, ele me viu — e destruiu tudo.
Meu peito doía. Cada batida do meu coração parecia empurrar mais fundo as farpas das palavras dele.
Não sabia como consegui levantar. As pernas tremiam, e minha visão estava turva. Meus dedos estavam sujos de farinha e lágrimas. Caminhei cambaleando até a pia. Lavei o rosto, tentando apagar a vergonha, o medo...
Mas não saía.
Meu companheiro... meu Alfa... me rejeitou.
Mas eu… eu nem tenho meu lobo.
Como pode ter certeza?
Como pode me odiar ta