Capítulo 71

São Paulo a recebeu com o barulho costumeiro de buzinas, sirenes e passos apressados. O avião mal havia aterrissado, e Paloma já sentia novamente aquele peso urbano que conhecia tão bem: o céu encoberto, o vento frio que entrava pelas frestas do ônibus, a pressa de quem não olhava para os lados.

Naquela mesma semana, ela retomou o trabalho no supermercado do grupo RCS, onde era caixa. Não houve dificuldade em retornar da licença não-remunerada. Poucos queriam trabalhar à noite, e os gerentes sempre agradeciam quando alguém com experiência aceitava os turnos mais ingratos. Paloma foi recebida sem ressalvas, como se nunca tivesse saído.

A primeira noite no caixa foi estranhamente familiar. A tela da máquina registradora, o bip contínuo do leitor de código de barras, as notas amassadas passando de mão em mão, cartões de crédito e débito. Alguns clientes a cumprimentaram com um “boa noite” distraído; outros nem levantaram os olhos do celular. Paloma cumpria os gestos no automático, mas,
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