Paloma cruzou os braços, tentando esconder o corpo o máximo possível sob a camisa colada à pele molhada. Deixou-se ficar rígida, como uma estátua, cada músculo em alerta.
César a carregou sem esforço porta adentro e a colocou diante do banheiro, como se estivesse no comando até do ar que ela respirava.
Os olhos dela correram nervosos pelo corredor, temendo que Darcila, ou pior, a mãe dele, aparecesse de repente e a visse naquela situação humilhante.
— Pode tomar um banho aqui. — A voz dele soou firme, sem margem para discussão.
— Não preciso de banho — rebateu Paloma, teimosa, mesmo que seus dentes quase batessem de frio.
César arqueou uma sobrancelha, como quem observa uma criança birrenta.
— Você está tremendo. Nada melhor do que um banho quente para aquecer. E para acalmar. — Aproximou-se um pouco mais. — Você está muito agitada.
Ela respirou fundo, rendida à lógica implacável dele.
— Certo... — murmurou, vencida.
— Me dê as suas roupas que peço para Darcila cuidar delas. Vou traze