— Tramas de Leliana! — repetiu Paloma, com desdém, a voz trêmula mas firme. — Você me usa deliberadamente, para provocar ciúmes nela, para obrigá-la a casar depressa com você. Depois compra a propriedade de Charles e exige posse imediata só para se ver livre de mim... e ainda tem a ousadia de dizer que foi Leliana quem tramou a coisa toda! Tenha ao menos coragem de admitir...
César virou o rosto para ela, os olhos faiscando, como se não acreditasse no que acabara de ouvir.
— Onde é que você está com a cabeça? — perguntou, incrédulo, a voz grave reverberando dentro do carro. — Onde arrumou essa ideia maluca? Você realmente acredita que eu comprei aquele lugar?
— Não precisa se avexar e erguer a voz só porque eu o desmascarei. — Paloma manteve o queixo erguido, embora a garganta ardesse de emoção.
Ele riu sem humor.
— Você é uma mulher bastante irracional, sabia?
— Irracional? — ela rebateu, os olhos marejando, mas sem permitir que as lágrimas caíssem. — Só porque não vou cair no seu jo