Capítulo 19

MAYA

Meus sentidos voltaram à tona de forma gradual e desordenada. Primeiro, foi a textura sob meus dedos – um linho tão macio e fresco que parecia impossível. Depois, o peso leve e quente dos cobertores, uma sensação de aconchego tão alienígena que meu corpo ainda adormecido estranhou. Só então abri os olhos, lentamente, esperando encontrar o familiar teto baixo e rachado do meu quarto, a pintura descascando perto do lustre.

Em vez disso, meus olhos encontraram um vão imenso.

O teto era alto, absurdamente alto, com vigas aparentes de um madeiramento escuro e polido que refletia suavemente a luz da manhã. Não era o teto do meu apartamento. Não era o teto de lugar nenhum que eu já tivesse pisado.

A confusão foi como um banho de água gelada. Sentei na cama de um salto, o coração acelerado, as mãos afundando no colchão macio demais. Meu olhar percorreu o quarto desesperadamente. As paredes eram claras, quase brancas, com quadros abstratos e discretos. Os móveis, minimalistas e elegantes,
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