SAVANNAH
Os dias seguintes são marcados por uma frieza cortante. Durante os jantares na cozinha, Rose tenta puxar assunto, mas corto as suas tentativas com respostas frias e monossilábicas. O silêncio que se instala é palpável, carregado de tensão.
Percebo que Ryder me observa, o olhar confuso e preocupado. Ele nota a minha mudança de atitude em relação a Rose, a frieza que antes não existia. Mas ele não diz nada, como se esperasse o momento certo para abordar o assunto.
Mais tarde à noite, deitados na cama, a distância física reflete a crescente distância emocional entre nós. Deitada de lado, de costas para ele, sinto o peso do silêncio a separar-nos.
Ryder move-se, apoiando o cotovelo no colchão, a voz suave dele quebra o silêncio.
— Ruiva...
O meu coração acelera, a antecipação da conversa inevitável deixa-me tensa.
— O que foi? —, murmuro, tentando manter a voz firme.
— O que está a acontecer entre tu e a minha mãe? —, pergunta, a sua voz está carregada de uma preocupação