O banquete de encerramento parecia saído de um filme. Lustres de cristal derramavam luz dourada sobre mesas fartas, garçons se moviam como sombras discretas, e cada grupo de executivos disputava atenção como se cada palavra pudesse mudar o destino da ciência.

Depois da minha apresentação, fui cercada por perguntas e cumprimentos. Recebi elogios em inglês, francês, até japonês. Alguns vieram com propostas ousadas: convites para palestras internacionais, participação em conselhos, ofertas de consultoria. Eu mal tinha tempo de responder, porque, sempre que um homem de terno se aproximava demais, Vittorio surgia ao meu lado, um meio sorriso nos lábios e a mão pousada suavemente na minha cintura. Ele não dizia nada, mas o gesto bastava para deixar claro a todos: eu não estava sozinha.

Carlos também não me deixava escapar. Vi-o falar de mim para magnatas suíços, chamando-me de “a mente mais promissora que conheceu em anos”. Ouvi quando disse a uma delegação francesa: “Evie não é apenas tale