Mundo ficciónIniciar sesiónPOV EVIE
Ele deslizou a mão pelas minhas costas e encontrou o fecho. Não apressou. A ponta do indicador traçou o desenho do metal, circulou a pequena peça, reconheceu o mecanismo antes de convencer o fecho a ceder. Quando o vestido afrouxou, senti um alívio físico e uma coragem mental ao mesmo tempo. A pele agradeceu o ar. O tecido desceu um pouco, obediente. Vittorio não arrancou nada — e esse detalhe me incendiou mais do que qualquer brutalidade. Havia algo de reverência nos dedos, um cuidado que me fez querer me oferecer com vontade.
Tirei o paletó dele num gesto quase impaciente, e o tecido pesado escorregou do ombro como se estivesse no lugar errado o tempo todo. O cheiro dele ficou mais claro: amadeirado com algo que lembrava chuva recém-caída. Soltei a gravata, e ela veio fácil, rendida à gravidade. Desabotoei dois botões da camisa — devagar, um por um — e senti a pele dele sob a trama do algodão. O calor vazava pelos vãos. Encostei a boca ali. Ele respirou mais







