As semanas haviam passado voando.
Natalie estava com quase nove meses de gestação, a barriga grande, o corpo cansado, mas o coração cheio de expectativa. A bebê podia nascer a qualquer momento, e o clima na casa oscilava entre ansiedade e tensão — especialmente porque Alejandro, contra a própria vontade, precisou viajar para resolver negócios pendentes.
Ele tinha saído naquela manhã, depois de muito relutar.
— É rápido, mi amor, — ele garantiu, a mão grande acariciando a barriga dela, os olhos queimando de preocupação. — Qualquer coisa, me liga. Largo tudo e volto no mesmo segundo.
Natalie só assentiu, sabendo que, se dependesse dele, não daria um passo fora daquela casa. Mas também sabia que alguns assuntos no mundo de Alejandro não podiam esperar.
Agora, o dia estava chegando ao fim, e a casa estava cheia de vozes femininas.
Malu estava sentada no sofá, Isadora brincava no tapete com os bichinhos de pelúcia, e Clara, a amiga inseparável de Natalie, havia passado para vis