O celular de Alejandro tocou pela terceira vez, o nome de Natalie brilhando na tela, mas a ligação caía direto na caixa postal. O cenho dele se franziu ainda mais, a mandíbula travada, o peito apertando com aquela sensação incômoda que ele conhecia bem — o tipo de pressentimento que nunca falhava.

Ele estava em um hotel luxuoso no centro de Lisboa, onde tinha passado o dia inteiro em reuniões e, contra a própria vontade, longe dela. O combinado era rápido: resolver questões de negócios, voltar para casa, e não desgrudar mais dela até o nascimento da filha.

Mas algo estava errado.

Tentou ligar mais uma vez. Caixa postal.

Respondeu as mensagens de Malu, mas o nervosismo só aumentou.

Abriu a galeria de fotos que tinha recebido da irmã momentos antes.

Uma única imagem, mas suficiente para inflamar o sangue dele: ele mesmo, em uma cena totalmente distorcida. Conversando no bar do hotel com uma ruiva que ele mal conhecia — filha de um dos sócios do negócio, alguém que forçou a a