A campainha tocou e Malu, que estava jogada no sofá ao lado de Natalie, revirou os olhos antes mesmo de levantar.
— Se for quem eu tô pensando, o dia vai azedar, — ela resmungou, levantando-se com preguiça.
Natalie sorriu de leve, massageando a barriga, sem nem imaginar que o sábado de paz estava prestes a terminar.
Quando Malu abriu a porta, a confirmação veio na hora: Verónica Rojes estava parada na entrada, o visual impecável, blazer estruturado, salto fino, óculos escuros cobrindo metade do rosto, mas o sorriso cínico impossível de ignorar.
Ao lado dela, a pequena Isadora, que mal se segurava de tanta animação, e um pouco mais atrás, Sofía, carregando uma sacola grande cheia de presentes e o olhar superior de sempre.
— Bom dia, María, — Verónica disse, o tom carregado de ironia, chamando Malu pelo nome de batismo, como só fazia quando queria provocar. — Já que você não tem a decência de levar minha neta até mim, tive que vir pessoalmente.
Malu forçou um sorriso, se apo