Natalie mal conseguiu se abaixar atrás do tronco grosso quando os três carros passaram pela estrada. Os faróis cortavam a escuridão, iluminando o mato denso, enquanto o som grave dos motores ecoava na noite silenciosa. O coração dela disparava, mas ao seu lado, Alejandro permanecia imóvel, impassível, como se o perigo fosse algo corriqueiro — como se não fosse nada.
Ele não a olhou, não disse uma palavra. Seus olhos continuaram fixos nos veículos que desapareceram na curva sinuosa, como se já soubesse que aquele seria apenas o começo.
Natalie sentiu o aperto firme da mão dele ao ser puxada para se levantar. Mas naquele gesto não havia proteção — apenas um aviso silencioso: aquilo não era sobre ela.
— Vamos — ordenou ele, a voz cortante, distante.
Ela o seguiu, tensa, confusa, tropeçando entre galhos enquanto ele avançava com precisão, como se conhecesse cada pedra, cada sombra. Alejandro caminhava com a tranquilidade de quem já enfrentou a morte e aprendeu a ignorar o medo. Natali